PARAR COM A SANGRIA DA DÍVIDA,
PARA DEFENDER OS PROFESSORES
E A ESCOLA PÚBLICA!

NÃO AO DESPEDIMENTO DE PROFESSORES CONTRATADOS!

Dois meses após a tomada de posse do ministro Nuno Crato este já mostrou ao que vem: mais de 37 mil professores contratados estão no desemprego após as colocações de Setembro.
Nuno Crato continua assim o trabalho iniciado por Mª Lurdes Rodrigues e Isabel Alçada, pouco se distinguindo das ministras de Sócrates – excepto no falso discurso do “rigor e exigência”. Rigor e exigência seria diminuir o número de alunos por turma e não aumentá-lo; rigor e exigência seria criar condições para que os alunos com mais dificuldades fossem devidamente apoiados, o que implica colocar mais professores nas escolas, e não despedi-los!
O ministro Crato prossegue a política de sangrar a escola pública, os professores e os outros trabalhadores do ensino, unicamente porque o seu governo – como o anterior – está comprometido com o pagamento duma dívida que foi contraída para encher as fortunas de multi-milionários como Américo Amorim (o pobre “trabalhador” que tem uma fortuna pessoal de mais de € 2500 milhões!), subsidiar os negócios ruinosos das parcerias público-privadas, ajudar os banqueiros e propiciar chorudos benefícios fiscais a empresários.
500 milhões de euros em cortes na Educação: este é o principal plano “educativo” do ministro Crato. Foi por isso que ficaram excluídos mais de 37 mil professores! Para continuar a pagar uma dívida que não é da nossa responsabilidade, professores precários e mal pagos; uma dívida que não foi causada por quem ensina e trabalha e que, pelo contrário, suga cada vez mais dinheiro dos trabalhadores contribuintes para a banca e a especulação, ou seja, para os próprios causadores da crise. 
 Não fomos nós que provocámos esta dívida. Chega de a pagarmos!

Temos de nos unir para defender a escola, os serviços públicos e o emprego e dizer bem alto que o dinheiro dos nossos impostos não pode ser para os boys,  bancos e empresários, e sim para melhorar a educação, a saúde e as condições de vida de quem trabalha ou trabalhou, e que cria toda a riqueza deste país.
Por isso o movimento 3Rs saúda e associa-se à iniciativa de manifestação dos professores convocada para sábado, no Rossio, às 15h, contra o desemprego e a precariedade no ensino. E não compreende que a FENPROF tenha “optado” por convocar uma outra manifestação para seis dias depois, em lugar de aderir à de dia 10, convocada há 2 meses! Infelizmente lembra-nos o passado 12 de Março, onde a FENPROF não quis unir os professores à manifestação na Av. da Liberdade da Geração à Rasca e marcou uma concentração separada no Campo Pequeno.
Sem uma procura activa de unidade não seremos capazes de responder à ofensiva do governo PSD/CDS/FMI. Por isso também estaremos no protesto de 16 de Setembro convocado pelos sindicatos. Sem combatividade e respeito total pela democracia de base não podemos realizar as lutas fortes que são precisas para travar os planos do governo e da troika. Por isso recusamos políticas sindicais que fomentam a divisão e privilegiam a negociação e os acordos com quem nos ataca.
Não ao despedimento dos professores contratados! Todos somos necessários!
+ professores nas escolas, 
- alunos por turma!
 

Movimento 3Rs
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