Este ano lectivo 2011/2012 mais de 37 000 professores e educadores ficaram excluídos. Excluídos de ensinar, de acompanhar devidamente os alunos que serão os futuros cidadãos. Teremos turmas com mais alunos, muitas delas até com alunos com necessidades especiais "metidos" em turmas com 28 alunos... Este governo, apesar da retórica da excelência e da tranquilidade, nas suas acções concretas fomenta um país mais embrutecido, com mais injustiça social e com muitos analfabetos funcionais (nomeadamente porque não são devidamente acompanhados na escola). Esses milhões de euros, que tiram à educação, saúde e segurança social pública, vão para os bolsos (já recheados) dos banqueiros e especuladores nacionais e internacionais (precisamente os responsáveis pela anterior crise).
Os professores de base não podiam, mais uma vez, continuar a esperar pelos dirigentes sindicais e dia 10 de Setembro fizeram um protesto que iniciou a luta neste novo lectivo (como o protesto das Vuvuzelas iniciou o do ano passado). Dia 16 participaremos e mobilizaremos sem sectarismo nas iniciativas descentralizadas contra o desemprego docente convocado recentemente pela FENPROF (que na nossa perspectiva deveriam ter sido unificadas com o protesto de 10 de Setembro marcado há 2 meses).
Mas sabemos que este grave problema do desemprego e precariedade docente não se irá resolver numa semana... Por isso, isto é só o começo e a nossa justa luta não pode parar.
No próximo sábado dia 17 Setembro, às 18h30, no auditório do Liceu Camões irá realizar-se um Encontro de professores e educadores contratados e desempregados para decidirmos democraticamente como continuar a nossa luta.
p.s. Todos os que estão preocupados com o presente/futuro da escola pública são bem vindos (professores e educadores desempregados, contratados, efectivos, funcionários, alunos, pais, etc,etc).
