VEM DENUNCIAR O "FAZ DE CONTA" QUE SE VIVE NA EDUCAÇÃO!

O Carnaval, desde as suas raízes pagãs, é a época em que as pessoas “fazem de conta” de serem o que não são. Após o acordo assinado entre a maioria das direcções sindicais e o Ministério da Educação, faz de conta que está tudo bem e que os professores estão super-satisfeitos com a carreira que aí vem! O ME faz passar à opinião pública a ideia de que os problemas da escola pública estão resolvidos com o apaziguamento momentâneo da luta da classe docente, em resultado dum acordo que nem sequer foi decidido democraticamente pela base. Nesta época do “faz de conta” por excelência, os professores aproveitam para, à frente do Ministério da Educação, denunciarem o “faz de conta” que se vive neste momento na educação em Portugal e no dia a dia dos professores.
  • No Carnaval e também no resto do ano Ministra da educação e restantes governantes fazem de conta…

- que a recusa do ME em abrir vagas nos quadros, deixando milhares de professores na precariedade, não é exploração e economicismo;

- que as vagas para afectação a quadro são adequadas às reais necessidades das escolas;

- que turmas com mais de 25 alunos garantem uma boa qualidade de ensino;

- que os contratados e colegas das AEC’s têm direitos iguais aos demais colegas;

- que este modelo de avaliação de desempenho docente, amplamente contestado por toda a classe, é promotor do trabalho cooperativo e de um clima saudável entre os docentes e faz de conta também que ele não é apenas um simples modelo de classificação e de seriação, com motivações puramente economicistas e consequências exponencialmente conflituais;

- que as classificações do primeiro ciclo avaliativo são sérias e justas;

- que a gestão das escolas centrada na figura de um Director plenipotenciário é garante da democracia e de um bom clima de Escola;

- que o Estatuto do Aluno não é uma prova da burocracia reinante e da desconfiança sobre o trabalho docente;

- que uma carreira docente com mais de 40 anos é justa e que vamos todos chegar ao topo antes dos 65 anos;

- que o governo não mudou as “regras no meio do jogo”, obrigando os colegas mais velhos a se reformarem com piores reformas e a trabalharem mais anos;

- que os professores trabalham apenas 35 horas por semana;

- que os CEFs e Cursos Profissionais são cursos técnicos a sério. etc, etc...

Dia 18 Fevereiro, 5ªf, a partir das 18h, à frente do Ministério da Educação (Av. 5 Outubro). Denúncia do “Faz de conta” que se vive na educação

Participa com mais colegas da tua escola e traz o teu cartaz a denunciar a injustiça a que estás sujeito.

Iniciativa aprovada no plenário de Contratados e desempregados de dia 30 Janeiro 2010 na sede do SPGL.