Diversos colegas do Movimento 3R estiveram presente nesta mobilização para propor aos participantes também a luta por Fora Alçada! Fora Sócrates!
Somos todos precários!
Fora Alçada! Fora Sócrates!
Depois da derrota que sofreu no parlamento com o chumbo da sua reforma curricular que pretendia impor no próximo ano e que ameaçaria 12 mil horários ligados a EVT, Área de Projecto e Estudo Acompanhado, a ministra Isabel Alçada continua a ameaçar-nos, confirmando assim, que é uma variante sorridente da velha dupla Lurdes-Sócrates: garante que não vai desistir da reorganização curricular do ensino básico, mesmo que travada no parlamento.
Esta é uma ameaça para levarmos a sério: ela conta não só com a “experiência” e “trabalho diário” do governo de Sócrates-PS, com o apoio dos banqueiros e poderosos que exigem “ordem nas finanças públicas”, como ainda com o comprometimento do PSD para com os PECs e OGE governamentais apesar de, por razões tácticas e eleitorais, se ter oposto por agora àquela “reforma”. Lembre-se que tão grave ou mais que aquela ameaça é a anulação do concurso no presente ano e a recusa à criação de vagas para dezenas de milhares de colegas contratados, que há vários anos são impedidos de progredir na carreira e vivem na ameaça permanente do desemprego. Lembre-se também o recente e generalizado ataque a toda a função pública por via dos cortes salariais de 5% a 10%. Finalmente, os previstos mega-agrupamentos são mais uma arma contra o emprego nas escolas.
Por isso, a única maneira séria de trazer estabilidade à Escola Pública e defendê-la, e aos professores e todos os que trabalham nas escolas incluindo os funcionários, dos sucessivos ataques ministeriais, (mesmo os dos colegas que trabalham nas escolas privadas), é passarmos também a exigir de forma unida e nas nossas mobilizações Fora com Isabel Alçada! Fora com José Sócrates!
Temos força para parar este governo e os seus ataques!
É preciso dizer que foram a contestação e as mobilizações docentes (algumas por fora das tradicionais estruturas sindicais) que pressionaram no sentido de alargar e unificar o voto das oposições no parlamento. Recordemos as mobilizações dos colegas de EVT (plenário com 700 professores em Aveiro a 15 de Janeiro e concentração com mais de 2 mil participantes frente à AR a 8 de Fevereiro), as concentrações de base que começaram a surgir e as acções previstas para 12 de Março, como sejam as organizadas pela FENPROF ou as independentes, particularmente o Protesto dos Precários/Geração à Rasca que hoje se realiza na Avenida da Liberdade.
Na verdade, se ainda tivermos em conta a adesão positiva a mobilizações como a Greve Geral de 24 de Novembro passado e a penalização infligida aos dois candidatos oficiais nas últimas eleições presidenciais, não podemos deixar de concluir que temos força para parar este governo e os seus PECs. Não podemos é aceitar ficar entre os seus ataques trituradores e os acordos e entendimentos (como os de Janeiro do ano passado) e as mobilizações pontuais e inconsequentes decididas pelas cúpulas das direcções sindicais da FENPROF/CGTP, FNE/UGT, etc, que deixam quase tudo na mesma – se não pior - e diluem e dividem o nosso descontentamento. Não estamos condenados a escolher sempre o mal menor!
É por isso que, embora participando sem sectarismos em todas as mobilizações, não podemos deixar de saudar e impulsionar a mobilização e Protesto dos Precários/Geração à Rasca da Avenida da Liberdade. Esta é uma expressão daquilo que temos sempre defendido desde a primeira hora: é preciso construir desde a base uma nova via de luta, alternativa e democrática, apenas comprometida com a vitória das nossas reivindicações e a derrota dos planos governamentais!