No passado dia 7 de Julho, um conjunto de professores activistas da antiga lista D, 3R’s, foi ao SPGL com o objectivo de saber se a direcção do sindicato tem ou não um plano/agenda de luta para os próximos tempos.
Através do dirigente António Enes, fomos informados que plano de “luta” previsto pela direcção resume-se ao livro negro sobre a educação e uma carta reivindicativa a discutir nomeadamente com os partidos políticos. O representante da direcção quase que só falou nas “eleições que se seguem”, indo ao encontro da ideia que o presidente Avelãs lançou no editorial do último jornal do SPGL em que escreve que: “Esperamos que o governo que resultar das próximas eleições legislativas, ainda em 2009, tenha uma postura e uma prática radicalmente diferente da que foi assumida pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues”. Nós interviemos, dizendo que não temos ilusões que a solução para a luta dos professores e educadores venha de eleições mas apenas poderá vir da mobilização e luta decidida de uma forma democrática pela base da classe docente.
Constatámos sobretudo que continuamos a ter uma fundamental diferença com esta “nova” direcção; apesar na teoria termos as mesmas principais reivindicações (contra este E.C.D., contra este modelo de avaliação, contra a prova de ingresso, pela estabilidade dos contratados, etc, etc) a questão que nos separa (e que é muito importante porque “separa águas”) é a forma de as defender. Com que formas de luta? E quem é que deve decidir essas formas de luta, a base ou os dirigentes? Deve-se priorizar a unidade com a base da classe docente, ou com os dirigentes da Plataforma Sindical (mesmo quando isso vai contra o que a base decide? ex: a última greve de dois tempos).
E dissemos que mais uma vez a Direcção do SPGL não se diferenciou do Secretariado da FENPROF apesar das diversas oportunidades que tem havido e das manifestações no mesmo sentido que a classe deu.
A nossa luta não pode parar em Setembro
Nós, professores e educadores do movimento 3R’s, agora como no passado, estamos dispostos a ajudar toda a mobilização/luta contra este governo e as suas políticas, independentemente se essa luta é dinamizada fora ou dentro dos sindicatos. No entanto não queremos esperar pelo próximo governo para ver o que este faz… infelizmente sabemos que o próximo governo, PS ou PSD, será mais do mesmo, por isso não devemos esperar por Outubro e pelo contrário, devemos começar “a aquecer os motores” da luta já em Setembro. Para uma luta forte e democrática, decidida e feita pela classe e para a classe.
Colega se concordas connosco, escreve-nos e vamos juntos ajudar a que a nossa luta em defesa da escola pública seja vitoriosa no próximo ano lectivo 2009/2010!
